Na madrugada de sábado, dia 29, perdi o telemóvel. Caiu-me, não sei como aconteceu. Já de manhã, decidi rastreá-lo via internet, porque tinha o gps ligado e isso facilitou o meu encontro com o telemóvel. Depois de dar voltas à cidade, encontrei-o. O motorista de um autocarro encontrou-o no chão. Tinha passado com o autocarro por cima dele.
Ou seja, encontrei o telemóvel já sem vida. Toooodo partido!
Foi a primeira vez que um telemóvel meu decidiu cometer suicídio e atirar-se da minha mala para o chão. Esta semana mantive-o ligado ás máquinas, sempre a carregá-lo de cada vez que dava sinal de fraca bateria (tudo porque precisava do despertador).
Como sobrevivi? Nem eu sei responder a isso, dado que perdi a conta das vezes que metia a mão na bolsa à procura dele e ele não estava ali... Mas reparei que não sou assim tão dependente. Não andava sempre a pensar nele, nem a necessitar dele. Sempre que saíamos, só sentia a falta dele quando as pessoas que estavam comigo estavam todas no telemóvel e eu ficava sozinha no mundo. O computador foi o meu melhor amigo nesta última semana.
Mas como sobreviver?
- Esconder os telemóveis das outras pessoas para fazerem companhia;
- Fazer pressão emocional para sentirem pena devido ao suicídio do meu telemóvel;
- Desligar a internet de casa e dizer que foi abaixo;
- Falar até não poder mais para as outras pessoas não irem ao telemóvel;
- Fingir que se está doente para receber atenção (mas eu não fingi, estive mesmo doente durante um dia e meio. Dores de barriga mesmo de quem está no continente africano)
Como foi só uma semana, as dicas de sobrevivência não são muitas, mas as suficientes para se passar bem sem o telemóvel.
Agora já estou operacional porque tenho os melhores pais do mundo!
Nisto já só faltam duas semanas!
Boa semana e beijinhos cabo-verdianos!!
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