segunda-feira, 25 de julho de 2016

#Acampamento e visita ao interior da Ilha de Santiago

Este fim-de-semana alugamos um carro e aventuramo-nos a acampar na Ribeira da Prata, na Cabana, propriedade privada de um senhor muito simpático que se disponibilizou a arranjar tendas (nas quais nós não dormimos, e já explico o porquê). 

À ida para o Tarrafal, almoçamos num restaurante com uma vista lindíssima! 
O interior da ilha é mais 'verde', com paisagens mais bonitas. 

Depois seguimos caminho para a Ribeira da Prata, onde íamos ficar 'alojados'. 
Este sítio é lindo lindo liiindo!! A praia, a paisagem, o mar. Com certeza que não voltamos mais a este sítio, mas despedimo-nos da melhor maneira possível.
 Este é o sítio onde ficamos, parecia um acampamento hippie!
 A Cabana ficava mesmo na praia. Era só abrir a portinha e já estávamos com um pézinho na areia.
Para o jantar, levamos umas sandes, batatas fritas e o proprietário fez uma fogueira. Não para nos aquecermos. Acho que é mais porque lá não havia luz.

Ora bem, à noite começaram a aparecer os problemas. BARATAS! Daquelas grandes, enormes e gordas e voadoras e tuuudo o que se possa imaginar. Eu, que adoro tudo o que seja inseto, não sabia onde me meter. Tive de enfrentar aqueles bichos todos, não havia outra solução. Tive de ser forte e fingir que eles me estavam a proteger apenas! Mas dormir ali não. Não conseguíamos dormir nas tendas. Só me imaginava a dormir com a boca aberta e a fazer de casa para baratas. Elas a entrarem-me pela boca e a alojarem-se no meu estômago e na minha boca, nem é bom imaginar, eu sei. 

E para onde fomos dormir então, não é? Na praia! Toalhinhas de praia por baixo e siga dormir ao relento todos juntos! Mas dormimos na praia também com um outro objetivo. Ver tartarugas! Elas costumam desovar naquela praia também. Mas não conseguimos ver. Elas só desovam quando está tudo muito calmo e silencioso. Acho que na parte do silêncio nós falhamos redondamente... Mas valeu pela experiência! 
Estamos mesmo com um ar cansado e com olhos de sono, mas aqui está a prova de que estávamos na praia para dormir! (Dormi no meio. Assim, se houvesse baratas, podia ser que atacassem os das pontas...)
Cá está a foto com um amigo canino! Já não punha fotos com amigos caninos há algum tempo... Este dormiu connosco. Eu disse-lhe para ele me proteger e para comer as baratas que se aproximassem. Estou a brincar. Na praia não havia baratas. Acho eu...
O amigo canito apenas queria usufruir da minha toalha (quase que conseguiu ficar com ela só para ele, mas depois tive de me impor).
No dia seguinte acordamos com o nascer do sol e com frio. Por volta das 10h seguimos caminho para o Tarrafal. Fomos até à praia, mas o tempo não estava soalheiro, por isso ficamos pouco tempo. Fomos almoçar, onde encontramos o macaco Filipe, muito brincalhão!


Depois do almoço seguimos caminho por outro lado da ilha que eu nunca tinha visto.
No caminho, fomos visitar os Rabelados (rebelados, revoltados em português), uma comunidade religiosa. Formaram-se a partir de grupos que se revoltaram contra as reformas da igreja católica, na década de 40 e isolaram-se do resto da sociedade, correndo hoje risco de extinção. Este povo não ia à escola e não eram registados.
Os Rabelados recusam símbolos de modernidade como rádio ou televisão. No entanto, agora já possuem mais tecnologia, como a televisão. 
Dedicam-se principalmente à agricultura, à pesca e ao artesanato. Os atos religiosos são realizados aos sábados ou domingos. Nesses dias não trabalham, percorrem grandes distâncias a pé até aos locais de culto e jejuam até meio da tarde. Ao domingo, dirigem-se à casa do chefe, onde fazem a leitura, das 8h às 14h. Eles possuem um chefe, que trata de todos os problemas da aldeia. 
Os Rabelados foram ridicularizados pelo resto da sociedade, denunciados e perseguidos. 


Cada família possuía um espaço para manter os animais que posteriormente iam servir de refeição.
Depois de visitarmos esta aldeia isolada, seguimos viagem para casa.
Foi um fim-de-semana diferente. 
Agora só temos 4 fins-de-semana para aproveitar.

Boa semana para vocês, boas férias para alguns e beijinhos cabo-verdianos! 
Aqui a chuva já chegou. Estamos nos meses de chuva (Julho e Agosto)! 

2 comentários:

  1. Sou do Brasil e estou encantado com as paisagens de Cabo Verde. Espero um dia visitar este belo lugar.

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    1. Olá Denis! Acho que devia visitar Cabo Verde! Mesmo assim, não consigo mostrar toda a beleza deste país nas fotografias. Todas as ilhas são bonitas à sua maneira. Todas diferentes mas igualmente bonitas!

      Espero que esteja a gostar do blog.
      Cumprimentos

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