segunda-feira, 18 de julho de 2016

#Viagem à Ilha da Boa Vista

Na sexta-feira de manhã partimos para a Ilha da Boa Vista! 
Já percorremos:
- Ilha do Fogo
- Ilha do Maio
- Ilha da Boa Vista
- Ilha do Sal
E em Agosto, no nosso penúltimo fim-de-semana aqui, vamos à Ilha de São Vicente e, como a ilha de Santo Antão fica a um pulinho de lá, vamos lá também porque dá para ver tudo num dia e dizem que a ilha é lindíssima! 

 
Falando um pouco da Ilha da Boa Vista... 
Chama-se Boa Vista porque o primeiro pedaço de terra firme que os navegantes do Renascimento avistaram na sua aventura atlântica. 
Ao longo da costa podemos observar dunas altas, de areia branca, e ocasionalmente oásis de tamareiras e lagoas. 
"A orla marítima é envolvida por um anel de recifes de corais e rochas com forte campo magnético, o que contribuiu para o desnorte de muitas embarcações."
A capital é Sal Rei, com aproximadamente 3000 habitantes. Apesar de a Ilha ser grande, são poucos os habitantes.

Ficamos alojados numa residencial, Salinas B&B, cujos proprietários foram muito simpáticos e atenciosos! 
Mal chegamos, fomos à residencial deixar as nossas mochilas e fomos visitar a primeira praia, Praia do Estoril!
Pedi emprestado o equipamento de snorkeling ao meu colega de casa, que não nos acompanhou nesta aventura, e andei a explorar o fundo do mar, juntamente com as minhas colegas de casa.



No dia seguinte fizemos uma roadtrip pela ilha, visitamos os pontos principais da ilha. Infelizmente houve sítios que não pudemos ir devido à falta de tempo.
Pagamos 2500 escudos cada um e o senhor Carlos lá nos levou a visitar alguns pontos, numa pick-up.
Combinamos com ele às 8h30 e lá fomos nós, na parte de trás da pick-up a apanhar com o ventinho e sol mesmo na cara! (mas foi porque quisemos. Não escapei a um escaldão nos ombros. O meu primeiro escaldão com dores!!)



O caminho durante todo o percurso é assim, como se vê na imagem abaixo. Um deserto! Não há infraestruturas, só burrinhos e cabras.
 Fomos à Olaria do Rabil, fábrica de cerâmica, que se situa na vila do Rabil, antiga capital. Ainda hoje utiliza tecnologia artesanal africana e fornece um posto de artesanato para os jovens.
Na porta direita situa-se a fábrica e na porta esquerda é a pequena loja com o produto final!

Continuando o caminho por Rabil...
 O próximo ponto turístico foi a igreja matriz de São Roque, também em Rabil. Esta é a igreja mais antiga da ilha, tendo sido construída em 1801.
 Uns principezinhos que encontrámos por ali a brincar! :)
 Continuando caminho...
Próxima paragem: Deserto de Viana Rabil! É comparado ao deserto do Saara em miniatura, com pequenos oásis, palmeiras solitárias e dunas formadas com a areia que o vento traz do continente africano. (A maravilha da ilha de Boa Vista, na minha opinião!)



 Continuando caminho...
Próxima paragem: Praia de Santa Mónica, uma magnífica praia de areias brancas com 18 quilómetros de extensão e com imeeensos caranguejos. Na areia, no mar, enterrados...
Nem vou contar as figuras que fiz ao dar um mergulho, com medo de ser mordida por um caranguejo, ao ponto de o Carlos, o taxista, se rir dessas minhas figuras. Mas é inevitável, não consigo controlar, pronto...
O mar estava um bocado agitado e, por isso só demos um mergulho rápido.
 Continuando caminho...
 Próxima paragem: Praia da Varandinha, com uma bela gruta natural voltada para o mar. Havia imensos turistas em excursão, com quad bikes.




  
Depois desta praia bastante frequentada, passamos pela Povoação Velha, a primeira vila fundada pelos portugueses na Ilha da Boa Vista. Foi aqui que começou a história da Boa Vista, nos anos de 1600.


Próxima paragem: Praia de Chaves. Esta praia é conhecida também devido à fábrica de cerâmica, entretanto abandonada. As ruínas foram parcialmente cobertas pela areia e, apenas a chaminé permanece à superfície, como testemunha de um passado glorioso. Esta fábrica exportava a sua produção para as restantes ilhas.


 Próxima paragem: Cabo de Santa Maria, onde em 1968 naufragou o cargueiro espanhol Cabo Santa Maria, cujos destroços são lentamente devorados pelo mar.
 Uma praia com um mar lindíssimo mas perigoso devido às ondas contínuas.
 Um pouco mais ao lado, situa-se a desova das tartarugas. Os pauzinhos assinalados a branco, como mostra na figura abaixo, significa que ali situam-se os ovos das tartarugas, que são vigiados constantemente por pessoas qualificadas para isso. A partir do momento que uma tartaruga nasce ali, futuramente, irá colocar os seus ovos ali também! Por isso é que esta praia é muito conhecida também pela desova das tartarugas.
 Acampamento das pessoas qualificadas pelo estudo/vigia das tartarugas.
 À noite fomos a um bar-restaurante Morabeza, muito bem cotado e muito agradável, com um tecto em palha e mesmo na areia, com uma decoração atrativa.

No dia seguinte, domingo de manhã, fomos novamente à Praia do Estoril e às 16h apanhamos o voo de regresso a Praia.

Parecer final:
Apesar de a ilha ser enorme, não há muito para visitar. As praias são semelhantes às da Ilha do Maio e do Sal, límpidas.

Falta aproximadamente um mês para regressar!
Boa semana e beijinhos cabo-verdianos!

 

Sem comentários:

Enviar um comentário