terça-feira, 1 de março de 2016

A chegada...


No dia 19 de Fevereiro abandonei a minha cidade para iniciar um estágio internacional em Cabo Verde, durante 6 meses. Estágio esse que me foi proporcionado pelo programa INOV Contacto. 
Na chegada ao Aeroporto do Porto, tive que me despedir dos que me são mais queridos, dos que sempre me apoiaram, os meus pais e a minha irmã. Tive que ser forte o suficiente para lhes poder transmitir tudo aquilo que necessitavam de sentir. Foi um breve adeus. Despedi-me, peguei nas minhas malas e, meio a medo, dirigi-me para a porta de embarque. 
A Sofia, uma das raparigas que também vai fazer estágio em Cabo Verde, acompanhou-me no voo e ajudou-me nesta breve despedida. 
Estávamos já instalados no avião para partir para Cabo Verde, quando passa pelo corredor um homem de pele negra a toda a velocidade com uma mala gigante. Essa mala devia ter ido para o porão. Achamos estranho mas continuamos calados. Passados 10 minutos, cerca de 6 polícias entram no avião e dirigiram-se para esse homem e ordenaram a que ele abrisse a mala e mostrasse o que trazia dentro dela. Ele tanto insistiu em não abrir a mala que os polícias tiveram que recorrer à força e tiveram que o expulsar do avião, deixando todos os presentes assustados e a questionar o que traria ele dentro da mala. Mas lá prosseguimos a viagem.
Após 4h de voo de Lisboa para Cabo Verde, lá pousamos os pezinhos em solo africano! 
A primeira impressão foi estranha mas entusiasmante. Não havia luzes ao redor do aeroporto. Isso assustou-nos, mas foi apenas um primeiro impacto. Seguimos viagem até à residência onde iríamos ficar, na Escola de Hotelaria e Turismo de Cabo Verde. Também ficava no meio do nada! Começamos a pensar que Cabo Verde era um deserto! Era de noite, não conseguíamos ver a paisagem que rodeava a Escola. 
Estávamos cansados e fomos dormir para, no dia seguinte procurarmos casas para ficar nos próximos 6 meses. Quando acordamos tivemos a certeza que estávamos no meio do deserto porque as montanhas rodeavam a Escola! Montanhas, mas com umas pouquinhas árvores. 
Tivemos de apanhar um táxi para o centro da cidade porque não podemos ir a pé. 
Os táxis são mesmo algo fora do normal para nós. Em Portugal estamos habituados a taxímetros. Aqui não há disso! Temos de negociar o preço com o taxista para a zona onde queremos ir. Negociamos antes de entrar no táxi, senão eles chegam ao destino e pedem mais. E aqui não pagamos 5/6€ de táxi! Pagamos cerca de 200 escudos para uma distância considerável! 110 escudos equivalem a 1€, por isso imaginem! 
Andamos à procura de cafés e começamos a perguntar aos proprietários se conheciam apartamentos ou moradias para alugar. Por incrível que pareça, é mais eficaz perguntar a um proprietário de um café ou a um local, do que ir a uma imobiliária. 
Fomos visitar um apartamento. Gostamos do interior, mas o exterior assustou-nos. Não podíamos andar a pé naquela zona, por isso pusemos esse apartamento de parte. 
Começamos a filtrar zonas. Já só queríamos ficar em duas zonas na cidade da Praia. Ou na Achada de Sto. António, que é onde se localizam a Embaixada de Portugal, a de Espanha, a das Nações Unidas, e a zona é bastante segura devido à presença de seguranças durante o dia e a noite. Ou então Prainha, que apesar de ser mais cara, parecia-nos segura também.
Conseguimos arranjar mais contactos para moradias! De boca em boca, lá fomos conseguindo mais contactos.
Depois de andarmos para trás e para a frente, chegamos à residência. O primeiro dia já passou!





2 comentários:

  1. Que ideia gira!
    Boa, assim vamos poder acompanhar o teu dia a dia...
    Beijinhos.

    Titi

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  2. Olà Mariana!

    I really liked your post! I'm going to Cape Verde for one month in November and after reading your post, I feel very excited! I'm now looking for an apartment at Achada de Sto Antonio, do you know someone who could rent me an apartment for one month? I see that you won't be there in November, otherwise it would be great to meet for a coffee :)

    Have a great day!!

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